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Governo constrói silos para enfrentar crise alimentar

Maputo, 05 Mai (Lusa) – O Governo moçambicano vai construir silos com capacidades de 300 mil toneladas em zonas de elevado potencial de produção agrícola para garantir a criação de reservas para fazer face à crise de alimentos.

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De acordo com o ministro da Agricultura de Moçambique, Soares Nhaca, citado pelo jornal “Notícias”, trata-se de um plano para concretizar em três anos (2008-2010), avaliado em 10 milhões de dólares (aproximadamente 6,5 milhões de euros).

Os silos capazes de acomodar até cinco mil toneladas de produtos alimentar serão construídos prioritariamente nas províncias de Niassa e Nampula (norte), seguindo-se a Zambézia e Manica (centro) a partir do próximo ano e, mais tarde, Gaza (sul), Sofala e Tete (centro) e Cabo Delgado (norte).

“O objectivo deste programa é aumentar a capacidade de armazenamento de produtos em todo o país, considerando que já existem silos, alguns dos quais propriedade de privados”, disse Nhaca.

Nos últimos dias, diversos países, principalmente os mais pobres, têm sofrido com a escalada da crise alimentar de que resultou uma subida acentuada do preço dos bens alimentares.

O secretário-geral da Nações Unidas, Ban Ki-moon, já anunciou a criação de uma célula de crise composta por 27 agências e organismos da ONU, para delinear um plano contra a crise provocada pelo aumento do preço de produtos alimentares.

Recentemente, o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, adiantou que o seu Executivo está a tomar medidas para enfrentar o problema, tendo criado um comité interministerial que terá como missão analisar a situação do custo de vida.

O comité, que integra quadros dos ministérios da Agricultura, Finanças, Planificação e Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio, vai auscultar diversas sensibilidades antes de adoptar uma posição definida.

Outra resposta específica de Moçambique aos problemas provocados pelo aumento do preço de produtos alimentares é a possibilidade de produzir pão a partir da mandioca.

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) também anunciou a disponibilização adicional de mil milhões de dólares (648 milhões de euros) para enfrentar o problema sobretudo nos países africanos.

O BAD, que tem programada a próxima assembleia geral para 12 a 14 de Maio, em Maputo, estima que o défice de alimentos poderá elevar-se a 35,8 milhões de toneladas e que Burkina Faso, Libéria, República Centro Africana, República Democrática do Congo e até o Egipto deverão ser os países mais afectados.

O presidente do BAD, Donal Keberuka, e o respectivo secretário-geral, Bedumra Conjé, anunciaram que o banco vai disponibilizar uma verba adicional de mil milhões de dólares, que será adicionada ao fundo inicial de 3.800 milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros), que agora é considerado insuficiente para enfrentar a crise.

Keberuka disse ainda que será estabelecido um fundo de 250 milhões de dólares (162 milhões de euros) para a aquisição de fertilizantes para as pequenas explorações agrícolas africanas.

Actualmente, Moçambique regista um défice na produção do arroz, trigo, batata-reno, óleo alimentar, peixe e frango, o maior dos últimos anos que atinge as cerca de 470 mil toneladas por ano.

Fonte: noticias.rtp.pt

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